quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

DOCUMENTO FINAL DO I FÓRUM ESTADUAL DE PROFESSORES DE SOCIOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

A Assembleia do “I Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro: sociologia e mercado de trabalho” foi iniciada às treze horas, no dia treze de novembro do ano de dois mil e dez, no auditório do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ/Faetec, localizado na Rua Mariz e Barros, 273, Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, para apreciar e deliberar propostas do fórum, que foi iniciado no dia doze de novembro, do mesmo ano, no mesmo local, às dezoito horas, e estiveram presentes na mesa de abertura, os representantes das entidades: 1. que o compõem: Wanderley Julio Quêdo, presidente do SINPRO-Rio – Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro; Roberto Adão, presidente da ADCP II – Associação de Docentes do Colégio Pedro II; Júlio César Sanches Silva, presidente da Analítica, Pesquisa & Consultoria - Empresa Junior da Universidade Federal Fluminense; Antonio Carlos Lima Rios, diretor da FMG - Fundação Maurício Grabois e Nilton Soares de Souza Neto, presidente do SINDSERJ – Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro; 2. convidadas: José Carlos Madureira, diretor da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-RJ; Glorya Maria Alves Ramos, secretária de igualdade racial da CUT – Central Única dos Trabalhadores e Célia Regina Neves da Silva, coordenadora do Curso de Ciências Sociais da FEUC – Fundação Educacional Unificada Campograndense e 3. que o apoiam: Sandra Regina Pinto dos Santos, diretora do ISERJ/Faetec. No dia treze de novembro, os trabalhos foram iniciados às dez horas com a exposição dos seguintes professores palestrantes: Célia Neves, coordenadora do Curso de Ciências Sociais da FEUC; Ricardo Emmanuel Ismael de Carvalho, coordenador do Curso de Ciências Sociais da PUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; Rosana da Câmara Teixeira, representando Maria Lúcia Pontual, coordenadora do Curso de Ciências Sociais da UFF; Magna Corrêa de Lima Duarte, representando o SINPRO-Rio; Ricardo Cesar Rocha da Costa, professor de Sociologia do IFRJ – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus São Gonçalo; Luiz Fernandes de Oliveira, professor de Sociologia da FAETEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro; Marcelo Pereira de Mello, da coordenação do PPGSD/UFF - Curso de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da UFF e Amaury Cesar Moraes, professor da Faculdade de Educação da USP - Universidade de São Paulo. A mesa foi mediada por Nilton Soares de Souza. Na tarde do mesmo dia, foi dado continuidade aos trabalhos sendo aberta a assembléia do fórum às treze horas. A assembleia foi presidida por Nilton Soares de Souza, que propôs que José Carlos Madureira e José Henrique Organista, delegado do SINDSERJ no Norte Fluminense, fossem respectivamente o primeiro e segundo secretários e que os representantes do “GT Em Defesa do Ensino de Sociologia da UFF”, Maria Clara, Jefferson Almeida da Silva e Maycon Santos assentassem à mesa, junto com Júlio César Sanches, da Analítica, e abrissem o debate. Inicialmente, o presidente propôs que fosse alterada a ordem prevista dos trabalhos, de forma que as discussões dos GT’s previstas, sobre Formação do Professor de Sociologia, o Livro Didático de Sociologia e o Currículo de Sociologia ocorressem no auditório e que fossem votadas as propostas e deliberadas pelos presentes como documento do evento no final das discussões. Aprovados os encaminhamentos, foram feitas intervenções pelas seguintes pessoas: José Carlos Madureira, Maycon Santos, Maria Teresa, Maria Clara, Henrique Organista, Jefferson de Almeida, Alci Bento Gonçalves, Felipe Souza, Márcio Franco, Míriam Dolzani, Júlio César Sanches, Nilton Soares de Souza e Valdeci Borges, logo depois o segundo secretário elencou as propostas apresentadas, quando foram dados todos os esclarecimentos e emendas às propostas e, por fim, o primeiro secretário colocou em votação, sendo aprovadas as seguintes deliberações:
1. Respeito, por parte da SEEDUC, aos professores formados em Ciências Sociais;
2. Que somente os professores formados em Ciências Sociais ou Sociologia possam efetivamente lecionar as aulas de Sociologia;
3. Mínimo de duas aulas semanais nos três anos do Ensino Médio;
4. Maior participação dos professores que exercem o magistério no ensino
básico, na produção e alterações curriculares;
5. Maior apoio institucional das Universidades à resolução dos entraves burocráticos, especificamente na questão da Licenciatura em Sociologia e em Ciências Sociais, ao conferir diplomas habilitando o licenciado para lecionar Sociologia na Educação Básica;
6. Buscar financiamento junto às agências de fomento e maior investimento para produção de pesquisas sobre ensino de Sociologia, currículos e livros didáticos;
7. Maior auxílio da Universidade aos licenciandos e licenciados, através de palestras, oficinas e demais atividades que possam contribuir para a consolidação do trabalho na Educação Básica, seja através dos investimentos acima, seja pela ação política institucional junto à SEEDUC/RJ;
8. Acompanhamento da discussão das Orientações Curriculares Nacionais – OCNs;
9. Questionar a separação entre bacharelado e licenciatura, evitando matrículas distintas destes cursos nas universidades, de forma que permita ao estudante se graduar tanto em Bacharel como em Licenciatura no mesmo curso de Ciências Sociais;
10. Buscar conhecer quem são os professores de Sociologia da Educação Básica;
11. Que na discussão do currículo esteja presente o ensino de metodologia da pesquisa para, em especial, como fazer uma resenha, como fazer um fichamento e como fazer um resumo na disciplina de Sociologia no Ensino Médio;
12. Inserção das explicações sociológicas de teóricos brasileiros no currículo mínimo a ser proposto para a disciplina de Sociologia no Ensino Médio e no Ensino Superior;
13. A constituição de três GT’s (grupos de trabalho): 1. sobre a Formação do Professor de Sociologia; 2. sobre Currículo de Sociologia e, 3. sobre Livro Didático de Sociologia, como órgãos do fórum, para elaborarem documentos e realizarem eventos sobre os três eixos que balizaram o fórum e que subsidiarão o próximo evento, se organizando também de forma acadêmica, com apresentação de trabalhos;
14. Que o fórum solicite Audiências Públicas nas três esferas de governo sobre os três temas que tratam os GT’s mencionados no item anterior;
15. Que as entidades organizadoras do Fórum promovam a elaboração de um projeto de pesquisa sobre o “Perfil dos Professores de Sociologia na Rede Pública e Privada do Estado do Rio de Janeiro”;
16. A criação do Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro, coordenado pelas entidades SINDSERJ, SINPRO-Rio, SEPE – Regional VI; ADCP II, ADESA, FMG e ANALÍTICA, e pelo Grupo de Trabalho EM DEFESA DO ENSINO DE SOCIOLOGIA DA UFF, que serão permanentes;
17. A sede do Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro provisoriamente estará localizada na sede do SINDSERJ, na Av. Presidente Vargas, 502, 1705, (Edifício SISAL), Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20071-000.
18. Realização do II Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro em 2011, que tentará aglutinar os diversos eventos sobre Sociologia que vem acontecendo no Estado e no país, tendo em vista o fortalecimento das ações;
19. Que o Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro seja 'batizado' de “Fórum Santo Conterato”.
Todas as propostas foram aprovadas por unanimidade.
Nada mais havendo a tratar, o presidente da plenária fez as considerações finais e agradeceu a todos pela participação, desejando que a próxima edição do fórum tenha o mesmo sucesso do primeiro evento e, logo depois, o documento foi lavrado por mim, José Carlos Madureira, primeiro secretário, às dezessete horas do dia treze de novembro do ano de dois mil e dez e aprovada por todos os presentes.
Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2010.
Presidente da Assembléia:
Nilton Soares de Souza Neto
Secretários da Assembleia:
Primeiro secretário - José Carlos Madureira
Segundo secretário - José Henrique Organista

I FÓRUM DE PROFESSORES DE SOCIOLOGIA


PREZADOS/AS COLEGAS,

Enfim divulgamos, em anexo, o documento final do I Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro, realizado no ISERJ, nos dias 12 e 13 de novembro de 2010, pelas entidades: SINPRO-RIO, SEPE-REGIONAL VI, ADCP II, ADESA, ANALÍTICA, FUNDAÇÃO MAURÍCIO GRABOIS E SINDSERJ, com o apoio do ISERJ - Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, da FAETEC e da TVC-RIO e a colaboração do GT EM DEFESA DO ENSINO DE SOCIOLOGIA DA UFF, que passa a ser denominado Fórum Santo Conterato, conforme deliberação da plenária final.

O objetivo principal do fórum foi alcançado, ou seja, discutir a questão do magistério da disciplina de Sociologia nos vários níveis do ensino, da Educação Básica ao Ensino Superior, tendo o PROFESSOR de SOCIOLOGIA como protagonista do evento.

Outro objetivo fundamental foi a natureza POLÍTICA do evento que aproximou a universidade da questão do magistério, junto com as entidades representativas dos trabalhadores dessa categoria profissional. No evento foram apresentadas palestras sobre o currículo, livro didático e formação profissional, com a colaboração de professores destacados na área e coordenadores dos cursos de graduação em Ciências Sociais no Estado do Rio de Janeiro. Os mesmos reiteraram a abordagem política da questão do magistério e, ao final do evento, foram aprovadas as propostas que constituem o documento final que será encaminhado com as suas reivindicações para as entidades e organismos que representam a categoria e que elaboram políticas sobre o exercício do magistério da SOCIOLOGIA.

Finalmente, em relação aos objetivos, tratar da questão do magistério da Sociologia ampliando para a questão da Educação em geral foi relevante para avançarmos na discussão dos problemas dessa área. A participação de alunos e professores de várias instituições na plenária fez com que os objetivos do evento se tornassem realidade.

Uma breve reflexão diz respeito à forma dos encaminhamentos dos debates para se constituírem em objeto de luta política, como ilustra o documento em anexo. A experiência das entidades que realizaram o evento nos permitiu perceber o quanto é importante garantir o debate democrático e soberano do coletivo para podermos sair do caos em que se encontra a educação em nosso estado e no país em geral, com o fim de comprometer todos numa ação efetiva de mudança, na qual são atores e construtores do conhecimento de sua área de atuação.

Agradecemos a participação dos colegas que estiveram presentes no fórum e das entidades que o realizaram e apoiaram, garantindo a gratuidade do evento, ao custear exclusivamente, sem apoio de órgão de fomento: passagens, alimentação, divulgação e outras despesas, oferecendo transporte para os colegas da FEUC, em Campo Grande, passagens aéreas para palestrantes, lanches e almoço para os participantes e certificado para todos.

No próximo encontro, o fórum, aprovado para realizar-se em 2011, será antecedido por GTs, que se constituíram como órgãos que se ocuparão da apresentação de trabalhos acadêmicos e indicativos para subsidiar o Fórum Santo Conterato.

Esta denominação do fórum (Fórum Santo Conterato), foi uma homenagem ao prof. Santo Conterato, falecido este ano, que lutou incansavelmente pela implantação da Sociologia como disciplina obrigatória no Ensino Médio do Rio de Janeiro, primeiro estado da União a adotar esta iniciativa. A proposta da homenagem foi aclamada por todos os presentes e teve a anuência de sua viúva, a profª Ignês.

Saudações,

Nilton Soares de Souza Neto
Presidente da plenária final

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O I Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro terá como tema “Sociologia e Mercado de Trabalho”



O I Fórum Estadual de Professores de Sociologia do Rio de Janeiro terá como tema “Sociologia e Mercado de Trabalho”, e se realizará nos dias 12, sexta-feira, e 13, sábado, de novembro, no ISERJ – Instituto Superior de Educação, Rua Mariz e Barros, 273, Praça da Bandeira, que está sendo organizado pelo:

SINDSERJ, SINPRO-RIO, SEPE REGIONAL VI, ADESA, ADCP II, ANALÍTICA, Fundação Maurício Grabois e com apoio do ISERJ/FAETEC.

A constituição das entidades acima para a realização do fórum tem como objetivo protagonizar os PROFESSORES de SOCIOLOGIA nos debates e políticas sobre o ensino de Sociologia na rede pública e privada de ensino médio e nas IES, Currículo, Livro Didático e outros.
No segundo dia do evento, serão organizados Grupos de Trabalho para elaborarem documentos sobre os seus respectivos temas, para aprovarmos na plenária final documento que reivindique o papel do professor de Sociologia numa nova política de ensino junto à SEEDUC, CEE/RJ, CNE e outros organismos que são responsáveis pelas deliberações das políticas de nossa área.
Contamos com a participação de todos os colegas e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail forumsociologiarj@gmail.com . Por ocasião da inscrição, pedimos, por favor, informar o nome completo, telefone para contato e vínculo institucional.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A posição do SINDSERJ sobre as audiências públicas do CNE

Devemos nos mobilizar pelos conteúdos que a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, há algum tempo, vem promovendo uma série de audiências públicas que visam abrir os debates para subsidiar a revisão e atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para todas as etapas e modalidades da Educação Básica. Já foram editadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, para o Ensino Fundamental, para a Educação de Jovens e Adultos, para os Planos de Carreira e Remuneração do Magistério e dos Funcionários da Educação Básica, para a oferta de educação nos estabelecimentos prisionais, além de Diretrizes Nacionais Gerais para a Educação Básica.
Dando continuidade à programação, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação realizará audiências públicas sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, cujo processo de atualização deverá contar com a participação do Ministério da Educação e de várias entidades representativas dos sistemas de ensino, dos profissionais da educação, das instituições de formação de professores e de pesquisadores em educação.
Neste momento está sendo organizada pelo CNE audiência pública programada para acontecer amanhã, dia 4 de outubro, de 9h30, às 13h, no Auditório “Professor Anísio Teixeira”, que fica localizado no edifício sede do CNE, na Av. L2 Sul, Quadra 607, em Brasília.
Algumas entidades tem tido conhecimento e não divulgam, apesar de se representarem nas audiências. Mesmo assim, estaremos nos mobilizando para participar das futuras audiências, pois soubermos desta na semana passada, véspera de eleição, de forma a não sermos pegos depois das eleições com os pacotes fechados de resoluções, leis e portarias, com a devida anuência de entidades de nosso meio acadêmico, que costumam prosperar depois de eleições.
Contamos com a mobilização dos colegas para irmos às próximas audiências do CNE.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A profissão de Sociólogo

Presidente do Sindserj, Nilton Soares, defende, em carta na internet, a importância da profissão de Sociólogo. Leia o texto na íntegra.

A aventura sociológica ou talvez a imaginação sociológica, como diria C. Wright Mills, tem nas lutas sociais/sociedade o seu espaço tanto do ponto de vista de afirmação social/profissional e como objeto de estudos do sociólogo.

As reflexões e interdisciplinaridades são inerentes a nossa área profissional, não temos como pesquisar a sociedade reproduzindo uma forma de análise dogmática, se nos referirmos à antropologia na qual mais se identifica, Claude Lévi-Strauss, poderia pela sua abordagem, pelo seu pensamento, ser incluído tanto na filosofia, na psicanálise como em outras.

A "natureza" de nosso estudo é interdisciplinar por excelência e isto é o que melhor nos qualifica perante as outras áreas.

Mas por outro lado, a profissão não pode ser entendida da mesma forma que o conhecimento, se este é interdisciplinar, no mercado de trabalho, as coisas se passam de outra forma.

A proposta de profissões politécnicas poderia talvez se aproximar desta noção de interdisciplinaridade, como Gaudêncio Frigotto discute nas suas obras. O que ocorre nas áreas mais complexas do capital, o profissional altamente qualificado tem que ter uma abordagem interdisciplinar, mas em geral o que ainda predomina é um modelo fordista no mercado de trabalho.

Nos países centrais do capitalismo, não tem essa história do mérito sem ter uma qualificação confirmada. Se não fosse assim, Harvard e outras instituições não seriam mais necessárias, excluindo as áreas mais complexas, como mencionei acima.

A universidade cada vez mais tem sido ator central na questão da definição do mercado de trabalho, não é casual que tantas multinacionais investem em universidades privadas no Brasil, financeirizando este campo. A Estácio de Sá foi uma das pioneiras ao transformar a sua natureza jurídica para empresa de capital aberto. Hoje a família Uchoa que detinha o controle da instituição vendeu sua participação para estas multinacionais, como vêm ocorrendo com todas as outras. A universidade deixou de ser espaço dos bacharéis e doutores em filosofia, direito e medicina, ela é um dos atores fundamentais no capitalismo, onde a ciência e tecnologia se encontram. Não é mais possível fazê-las somente nas grandes corporações, como se fazia no recente passado na IBM, o capital precisa do Estado como parceiro para os altos investimentos necessários na área.

Assim, são elas, as multinacionais, com os seus lobbys nos Conselhos Estaduais de Educação, nas Secretarias de Educação, nas Alerjs do país, no Congresso e no MEC e até em sindicatos de professores, que vão moldar o mercado de trabalho a partir das universidades e neste sentido a precarização de nossa profissão segue esta lógica de concentração do capital.

Ao lutarmos pela nossa profissionalização, debate ainda distante de nossos cursos de ciências sociais e da universidade em geral, estamos num momento histórico do desenvolvimento do capitalismo, no qual a desregulamentação das profissões é uma das variáveis a ser enfrentada e superada neste capitalismo que nos engole.

Sem particularizarmos a nossa profissão, basta ver como os colegas professores vem sendo tratados na rede pública e privada de ensino, os policiais do nosso estado tem um salário inicial maior que os professores estaduais, sem nenhum curso superior como pré-requisito para ocupar a função de policial, como é exigido dos professores.

O estado e o capitalismo precisam de polícia para proteger a propriedade, mas não de professores, para os centros tecnológicos, basta investir nos centros de excelência e deixar a universidade das graduações no limbo, no lúmpem do sistema. Nas universidades públicas qual o incentivo para atuar nas graduações? Não é mera coincidência nelas se formarem os profissionais e os professores distantes nas suas pós, reforçando mais o sistema de exclusão dos graduados formados no mercado de trabalho.

Na agenda de nossa entidade pretendemos em outubro realizar evento para discutirmos a questão dos professores de Sociologia de nosso estado, mas considerando o caos em que se encontra a educação, qualquer abordagem específica tem que considerar este universo no qual os professores foram colocados no chamado "lúmpem" do mercado de trabalho.

Agora, a nossa discussão sobre a nossa profissão precisa superar a abordagem metafísica que nos colocamos, sairmos da "Fogueira das vaidades" que a nossa universidade pública se colocou ao se distanciar destas questões e deixar de lado também de "rotular" os atores e entidades que discutem a nossa profissão.

O colega fez uma boa análise de nossos cursos ao lembrar a invenção das Ciências Sociais pela ditadura e a sua proposta que o nossos cursos permitam que os alunos escolham qual a área de suas escolhas: sociologia, antropologia ou ciência política. Só que para se definir estas escolhas penso que a antropologia e a ciência política precisam também ser definidas como profissões, ou senão ficamos como estamos, elas se definem como áreas de conhecimento a partir das suas respectivas pós.

Do ponto de vista da ABA esta não é uma de suas preocupações, um químico com pós em antropologia pode ser um antropólogo na definição de critérios da ABA. Sugiro que os antropólogos repensem a sua questão profissional, o Sindserj estará contribuindo nesta discussão que entendemos ser necessária para discutirmos nossas profissões, afastando-nos finalmente do credo abstrato denominado Ciências Sociais. A nossa discussão pode se pautar em regulamentarmos a antropologia e a ciência política, como a Sociologia foi regulamentada, já que há uma demanda profissional nessas outras áreas.

São estas as minhas sugestões!

Abraços,

Nilton Soares de Souza

terça-feira, 10 de agosto de 2010

I ENCONTRO DOS TRABALHADORES DO SUAS – SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NO ESTADO DO RJ

Dia: 26/08/2010 - quinta-feira
Local: SISEJUFE – Sindicato dos Servidores da Justiça Federal - RJ
Endereço: AV. Presidente Vargas 509, 11º Andar, Centro, Rio de Janeiro


PROGRAMAÇÃO

9 às 10h – Credenciamento

10h - Abertura
FENAS
FENAPSI
SINDICATO DOS ASSISTENTES SOCIAIS-RJ
SINDICATO DOS PSICÓLOGOS - RJ
SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS - RJ
CUT
CTB
CRP
CRESS - 7ª Região

10:30h - Breve Histórico sobre o Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS

Palestrante: Margareth Alves Dallaruvera- FENAS
Coordenação - Nilton Soares - Sindserj

11 às 12h - Gestão do Trabalho e NOB/RH/SUAS

Palestrante : Representante do MDS
Heloísa Mesquitta - SEAS

Coordenação: SindPsi

12 às 13h - Debate

13 as 14h - Almoço

14 às 17h - Plenária com sistematização de propostas

Coordenação: Margareth A. Dallaruvera
Secretaria : Marilena Soares

17 as 18h -Aprovação do Relatório e Encerramento

Coordenação: Sindserj
Secretaria : Achiles Miranda Dias

Inscrições pelo e-mail trabalhadoressuasrj@gmail.com


Inscreva-se já, as vagas são limitadas.

domingo, 11 de julho de 2010

SINDSERJ convida sindicatos de sociólogos do país para reunião no Rio

Prezados dirigentes sindicais da categoria dos sociólogos brasileiros:

Convidamos através desta circular, todos representantes das entidades sindicais de sociólogos do Brasil a participarem da reunião que promoveremos na cidade do Rio de Janeiro, na sede do SINDSERJ, no próximo dia 20 de julho de 2010, terça-feira, a partir das 14h, na Avenida Presidente Vargas, nº 502, 17º andar, sala 1.705, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20071-00 - fone: 21-3092-7657.

Nosso objetivo nessa reunião será o de discutirmos os rumos do movimento sindical dos sociólogos e da necessidade de reorganizarmos a nossa entidade federativa, de forma que ela efetivamente represente o conjunto dos sindicatos de sociólogos estaduais existentes, que atualmente representam a nossa categoria profissional.

Até o presente momento não conseguimos construir uma entidade de âmbito federativo. Usam-se siglas como a FNS - Federação Nacional dos Sociólogos ou mesmo a FNSB - Federação Nacional dos Sociólogos - Brasil, mas a divisão existente hoje no seio de nosso movimento não pode e não deve prosseguir. Os que hoje se apresentam como dirigentes da FNS muitas vezes não possuem vínculos com várias entidades existentes. Seja a FNS ou FNSB, são entidades de caráter civil, sem código sindical e muitas vezes sem a chancela dos sindicatos e sem carta sindical.

Todas as nossas experiências de organização nacional, não conseguiram superar as divergências nacionais e que também ambas as entidades não se colocaram no sentido de aglutinar todas as entidades sindicais, articulando na sua esfera uma série de outras entidades não sindicais e agindo em nome da categoria dos sociólogos no legislativo e no executivo federal sem ter obtido suficiente representatividade no âmbito das entidades estaduais no país. Sabemos o quanto é penoso, difícil, burocrático e de custos elevados fundar e legalizar uma entidade federativa nacional (estimamos seis meses de prazo e custo de mais de trinta mil).

Temos uma longa história de lutas acumulada desde a antiga ASB, fundada em 1977, bem como a FNS fundada em 1988 e a sua mudança para FNSB em 1999. Esperamos que qualquer que venha a ser a nova configuração de nossa entidade e nosso movimento em plano nacional, possamos resgatar todas essas experiências e essa rica história de 33 anos de lutas nacionais. Qualquer que venha a ser a configuração de entidade federativa, qualquer que venha a ser a sua sigla ou nome, entendemos que ela tem que ter em sua direção todas as entidades sindicais existentes sem nenhum veto a pessoas, entidades ou estados brasileiros. A nossa disposição é olhar para frente, evitando "ajustes de contas" com divergências em passado recente. Essa é a proposta que o Rio de Janeiro traz aos colegas.

Dessa forma pretendemos, a partir da reunião a ser realizada no Rio de Janeiro, traçar um plano nacional e unitário que reorganize a nossa categoria em plano nacional e a nossa federação de caráter sindical que congregue todos os sindicatos de sociólogos do Brasil, representando indistintamente todos os sindicatos do país, contribuindo para a fundação de outros sindicatos nos estados que ainda não os possuem e organizando a categoria a partir dos estados onde ocorrem maior número de profissionais sociólogos.

Precisamos aprovar e pactuar um plano nacional mínimo de trabalho, evitando as divergências de caráter político, partidário e mesmo ideológico. Tal plano deve pactuar unidade com todas as entidades, e deve contemplar a firme defesa da nossa profissão (legislação e regulamentação), defesa do ensino de Sociologia no EM e ampliação do mercado de trabalho.

Neste sentido, esperamos a presença de todos os representantes das entidades sindicais do país e vamos nos esforçar para articular passagens aéreas para as entidades que não possuírem recursos e manifestarem desejo de participar. Desde já estamos nos articulando aqui no Rio de Janeiro para conseguir ainda a hospedagem e alimentação para o dia da reunião, podendo se estender para o dia seguinte.

Aguardamos a confirmação dos dirigentes sindicais. Peço, com muita urgência, que confirmem as presenças de colegas no meu e-mail pessoal niltonsoaresdesouza@gmail.com O Rio de Janeiro receberá a todos de braços abertos.

Ficamos por aqui, deixando nosso fraternal abraço a todos.

Nilton Soares de Souza Neto - cel. (21) 9815-5805.
Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado do Rio de Janeiro - SINDSERJ

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Paul Krugman: quem vai pagar a conta da terceira depressão?

Em artigo reproduzido nesta terça (29) pelo jornal O Estado de São Paulo, o economista estadunidense Paul Krugman manifesta o receio de que o mundo já ingressou “nos estágios iniciais de uma terceira depressão” em função do arrocho fiscal que a Europa, agora com apoio do G20, está adotando em resposta à crise.
Krugman lembra a Grande Depressão, que veio no rastro do crahs da Bolsa de Nova York em 1929, para enfatizar que o triunfo das teses conservadoras terá um preço alto e quem vai pagar o pato são “dezenas de milhões de trabalhadores desempregados, muitos deles sujeitos a ficar sem emprego por anos e outros que nunca mais voltarão a trabalhar”.

Leia abaixo a íntegra do artigo:

A terceira depressão


Recessões são comuns; depressões são raras. Pelo que sei, houve apenas duas eras na história econômica qualificadas como “depressões” na ocasião: os anos de deflação e instabilidade que acompanharam o Pânico de 1873, e os anos de desemprego em massa, após a crise financeira de 1929-31.

Nem a Longa Depressão do século 19, nem a Grande Depressão, no século 20, registraram um declínio contínuo. Pelo contrário, ambas tiveram períodos em que a economia cresceu. Mas esses períodos de melhora jamais foram suficientes para desfazer os danos provocados pela depressão inicial e foram seguidos de recaídas.

Receio que estamos nos estágios iniciais de uma terceira depressão. Que provavelmente vai se assemelhar mais à Longa Depressão do que a uma Grande Depressão mais severa. Mas o custo – para a economia mundial e, sobretudo, para os milhões de pessoas arruinadas pela falta de emprego – será imenso.

E esta terceira depressão tem a ver, principalmente, com o fracasso político. Em todo o mundo – e, mais recentemente, no profundamente desanimador encontro do G-20, no fim de semana -, os governos se mostram obcecados com a inflação quando a verdadeira ameaça é a deflação, e insistem na necessidade de apertar o cinto, quando o problema de fato são os gastos inadequados.

Em 2008 e 2009, parecia que tínhamos aprendido com a história. Ao contrário dos seus predecessores, que elevavam as taxas de juros para enfrentar uma crise financeira, os atuais líderes do Federal Reserve e do BCE (Banco Central Europeu) cortaram os juros e partiram em apoio aos mercados de crédito. Ao contrário dos governos do passado, que tentaram equilibrar os orçamentos para fazer frente a uma economia em forte declínio, os governos hoje deixam os déficits aumentarem. E melhores políticas ajudaram o mundo a evitar o colapso total: podemos dizer que a recessão provocada pela crise financeira acabou no verão (no hemisfério norte) passado.

Mas os futuros historiadores irão nos dizer que esse não foi o fim da terceira depressão, da mesma maneira que a retomada econômica em 1933 não foi o fim da Grande Depressão. Afinal, o desemprego – especialmente o desemprego a longo prazo – continua em níveis que seriam considerados catastróficos há alguns anos e não dão sinal de queda. E tanto Estados Unidos como Europa estão próximos de cair na mesma armadilha deflacionária que atingiu o Japão.
Diante desse quadro sombrio, você poderia esperar que os legisladores tivessem entendido que não fizeram o suficiente para promover a recuperação. Mas não. Nos últimos meses observamos o ressurgimento da ortodoxia do equilíbrio orçamentário e da moeda forte.

O ressurgimento dessas teses antiquadas é mais evidente na Europa, onde as autoridades parecem estar usando os discursos de Herbert Hoover para fundamentar sua retórica, incluindo a afirmação de que elevar impostos e cortar gastos vai expandir a economia, melhorando a confiança nos negócios. Mas, em termos práticos, os EUA não estão agindo muito melhor. O Fed parece consciente dos riscos de uma deflação – mas o que propõe fazer com relação a esses riscos é, bem, nada.

O governo Obama entende os perigos de uma austeridade fiscal prematura – mas como os republicanos e democratas conservadores do Congresso não aprovam uma ajuda adicional aos governos estaduais, essa austeridade se impõe de qualquer maneira, com os cortes no orçamento estaduais e municipais.

Por que essa virada equivocada da política? Os radicais com frequência referem-se às dificuldades da Grécia e outros países na periferia da Europa para justificar seus atos. E é verdade que os investidores atacaram os governos com déficits incontroláveis. Mas não há nenhuma evidência de que uma austeridade a curto prazo, face a uma economia deprimida, vai tranquilizar os investidores. Pelo contrário: a Grécia concordou com a adoção de um plano severo de austeridade, mas viu seus riscos se ampliarem ainda mais; a Irlanda estabeleceu cortes brutais dos gastos públicos e foi tratada pelos mercados como um país com risco maior do que a Espanha, que até agora reluta em adotar medidas drásticas propugnadas pelos radicais.

É como se os mercados financeiros entendessem o que os legisladores aparentemente não compreendem: que, embora a responsabilidade fiscal a longo prazo seja importante, cortar gastos no meio de uma depressão vai aprofundar essa depressão e abrir caminho para a deflação, o que é contraproducente.

Portanto, não acho que as coisas tenham a ver de fato com a Grécia, ou com qualquer apreciação realista sobre o que priorizar, déficits ou empregos. Em vez disso, trata-se da vitória de teses conservadoras que não se baseiam numa análise racional e cujo principal dogma é que, nos tempos difíceis, é preciso impor o sofrimento para outras pessoas pra mostrar liderança.
E quem irá pagar o preço pelo triunfo dessas teses conservadoras? A resposta é: dezenas de milhões de trabalhadores desempregados, muitos deles sujeitos a ficar sem emprego por anos e outros que nunca mais voltarão a trabalhar.

Fonte: Vermelho.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Posse na Direção da TV Comunitária

A nova Direção da TV Comunitária do Rio de Janeiro, Canal 6 da NET, biênio 2010-2012, tomou posse no dia 24 de junho,na sede própria, Rua Joaquim Silva, 56, nono andar, Lapa, Rio de Janeiro. O SINDSERJ integra o novo Conselho Diretor junto com várias outras entidades como: ABCI, MODECON, CEBRAPAZ, AEPET, CTB/RJ, UNEGRO, SINDIPETRO/RJ, SINTET/RJ, APAVAT, dentre outras.
TV Comunitária (Conhecida como TVC Rio) é uma emissora de televisão por assinatura brasileiro. Opera no canal 6 da NET como uma TV de acesso público com vários programas independentes. Foi criada no dia 31 de outubro de 1996.

Segue abaixo nota da TVC-RJ sobre o evento:

Posse da nova direção da TVC-Rio
Na próxima quinta-feira, dia 24 de junho, a TV Comunitária do Rio de Janeiro – canal 6 da Net – dá partida para o biênio 2010-2012, com a posse da nova direção. A solenidade acontecerá na Rua Joaquim Silva, 56/9º, na Lapa, Centro do Rio, a partir das 18h30. A nova direção compõe a chapa “Unidade para fortalecer ainda mais a TVC-Rio”, reeleita em maio. O presidente da ABCCOM, Associação Brasileira dos Canais Comunitários, da qual a TVC-Rio é filiada, Edivaldo Farias, já confirmou sua presença.
Serão empossados os representantes das associadas da TVC-Rio, para compor os Conselhos que dirigirão a Instituição nos próximos dois anos. São eles: o Coordenador Geral, Moysés C. Corrêa – ABCI; a Coordenadora Administrativa, Olga Amélia S. Telles – MODECON; o Coordenador Financeiro, Anoar Salles – MONAE; o Coordenador de Recursos Técnicos e Operacionais, Francisco Soriano – SINDIPETRO-RJ; o Coordenador de Programação, Reinaldo J. Cunha – AULA; o Coordenador de Relações Institucionais, Marcos F. G. Oliveira – SINTE-RJ; e o Coordenador de Capacitação e Produção, José Carlos Madureira –Sindicato dos Sociólogos-RJ.
E também: Paulo Sérgio Farias – CTB/RJ; Otávio L. Neto – Sindimetal/Rio; Sônia Latgé – Cebrapaz; Léo Malina – Anima Proj. Sociais; Paulo Metri – Clube de Engenharia; João Victor Campos – AEPET; Cíntia de S. Goulart – IDZ; e Sebastião José da Silva – NCST/RJ.
Para o Conselho Fiscal, Sebastião Amoêdo – Conselho de Minerva (UFRJ); Ruy P. Marcenal – Centro São Judas Tadeu; e Monica Miranda – UBM. E os suplentes: José Ribamar Filho – Unegro; Maria José Silva –ADE-Brasil; e Ângela Ramos de Sá – Anfapa. Para o Conselho de Ética: Tonila Ferreira – Femulher; Marli do Carmo Costa – Amarm; Carlos Gaia – APAVAT; Ana M. Leite – Centro Oca dos Curumins; e Bruno de Oliveira – Assoc. de Moradores da Comunidade Vila Maria.
Para a ocasião, foram convidados os vereadores, o prefeito Eduardo Paes e seus secretários, as bancadas de deputados estaduais, as bancadas de senadores, o governador Sérgio Cabral e seus secretários, as associadas da TVC-Rio, as centrais sindicais, partidos políticos, ministérios com sede no Rio, principalmente o Ministério da Cultura (MinC), que concedeu à TVC-Rio o Prêmio de Mídia Livre.

domingo, 20 de junho de 2010

José Saramago - fragmentos


Achávamos que pela simples reforma econômica chegaríamos ao tal de 'novo homem'. O novo homem só virá pela reforma da mentalidade. Hoje somos poucos comunistas, mas talvez por isso sejamos os melhores... É melhor poucos bons comunistas com mentalidade socialista, que muitos maus. Não me importo se eu chegar a ser o único comunista vivo sobre a terra. Talvez seja mais fácil ser capitalista. Talvez o homem seja por instinto mais capitalista... Eu prefiro o homem mais civilizado por uma mentalidade socialista.
José Saramago, Folha de SP, 15/8/92

Pergunto o que seria de todos nós se não viesse a poesia ajudar-nos a compreender quão pouca claridade têm as coisas a que chamamos claras.
Saramago - A Jangada de Pedra

Se encontrássemos o Diabo e ele deixasse que o abríssemos, talvez tivéssemos a surpresa de ver saltar Deus lá de dentro.
José Saramago - O Evangelho Segundo Jesus Cristo

E, contudo, Deus está inocente. Inocente como algo que não existe, que não existiu nem existirá nunca, inocente de haver criado um universo inteiro para colocar nele seres capazes de cometer os maiores crimes para logo virem justificar-se dizendo que são celebrações do seu poder e da sua glória.
José Saramago - em artigo sobre o atentado ao World Trade Center - Folha On-Line - 19/09/2001

Cuba não ganhou uma batalha heróica ao executar esses três homens, mas perdeu minha confiança, destruiu minha esperança e traiu meus sonhos
José Saramago, sobre a execução de três cubanos condenados por seqüestrar uma balsa – El Pais – 14 de abril de 2003

Sem a morte, deixaríamos de filosofar, porque o olhar filosófico sobre os seres que somos tem de concentrar essa espécie de buraco negro que é a morte. Esse é o ponto de fixação.(...). Não que se deseje a morte, mas, no fundo, fica-se um pouco impaciente.
José Saramago, sobre seu livro “As Intermitências da Morte” - Revista Época - 31/10/2005

A primeira medida [de Obama] deveria ser derrubar a vergonha que é o campo de concentração e tortura de Guantánamo e pedir desculpas a Cuba
José Saramago, escritor – O Globo – 09/11/2008

Uma boa doença vale por toda a obra de Paulo Coelho
José Saramago, logo depois de dizer que enfrentou a proximidade da morte, ao ficar gravemente doente, sem precisar do auxílio dos livros de Paulo Coelho – Abril.com - 25/11/2008

Sou aquilo que se pode chamar de comunista hormonal. O que isso quer dizer? Assim como tenho no corpo um hormônio que me faz crescer a barba, há outro que me obriga a ser comunista.
José Saramago - Folha de São Paulo – 01/12/12008

Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelita, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente actualizado.
José Saramago, sobre os massacres cometidos por forças israelenses na Faixa de Gaza – Dezembro de 2008 - http://caderno. josesaramago.org

Uma coisa perigosamente parecida a um ser humano, uma coisa que dá festas, organiza orgias e manda num país chamado Itália. Esta coisa, esta enfermidade, este vírus ameaça ser a causa da morte moral do país de Verdi se um vômito profundo não conseguir arrancá-lo da consciência dos italianos antes que o veneno acabe corroendo-lhes as veia e destroçando o coração de uma das mais ricas culturas européias.
José Saramago, sobre o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi – El País – 07/06/2009

Não tenho a menor dúvida de que Berlusconi quer implantar o fascismo na Itália. Não é um fascismo como o dos anos 30, feito de gestos ridículos como levantar o braço. Mas tem outros gestos igualmente ridículos. Não será um fascismo de camisas negras, mas de gravatas Armani.
José Saramago, em turnê pela Itália, para apresentar seu livro "O Caderno" – El Pais – 16/10/2009

A Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana.
José Saramago – Religión Digital – 19/10/2009
Visite o site da Fundação José Saramago

Postado por Sergio Domingues
em sindserj.googlegroups.com


Visite o site da Fundação José Saramago www.josesaramago.org/

SINDSERJ pretende participar do Fórum Nacional dos Trabalhadores na Assistência Social

Em carta à Federação Nacional dos Assistentes Sociais – FENAS - o presidente do SINDSERJ, Nilton Soares, encaminhou solicitação para que o SINDSERJ, através do seu vice-presidente, Ubirajara Marques, participe do Fórum Nacional dos Trabalhadores na Assistência Social, entendendo que esse é um importante fórum de discussão dos problemas sociais no país.

sábado, 12 de junho de 2010

POSSE DA DIRETORIA


No último dia 28 de maio, sexta-feira, às 19 horas, no auditório de COREN - Conselho Regional de Enfermagem, Av. Presidente Vargas, 502, 5.º andar, Centro, Rio de Janeiro, ocorreu a solenidade de posse da Diretoria do Sindserj, triênio 2010-2013.

Prof. Santo Conterato - Nota de Falecimento


Prezados colegas,
A diretoria do SINDSERJ lamenta o falecimento do prof. Santo Conterato (foto ao lado). Tenho dificuldades em expressar esta perda em nome da diretoria, o prof. Santo foi meu professor no curso de graduação de ciências sociais da UFF, fui monitor da disciplina dele - metodologia em Ciências Sociais - em dois concursos e fui convidado por ele a compor a diretoria da APSERJ em dois mandatos. Quando fundamos o diretório Raimundo Soares no curso de ciências sociais devinculando-o do curso de história, o prof. Santo Conterato, na condição de coordenador do curso nos ofereceu todo apoio, que mais tarde reiterou como vice-diretor do ICHF.
O prof. Santo Conterato sempre foi considerado uma pessoa equilibrada na UFF, em meio as greves e conflitos que todos vivemos na universidade desde os anos setenta, estimado e respeitado por todos, ajudou a fundar a ADUFF, Associação de Docentes da UFF e exerceu vários cargos administrativos por eleição na UFF.
No processo de fundação do SINDSERJ, apesar das divergências iniciais no processo político, nunca se negou a estabelecer diálogo com a comissão de criação do sindicato e devido a sua postura aberta e franca foi convidado a compor a diretoria do SINDSERJ no primeiro mandato, para representar a entidade na federação, que acabou declinando em função de decisão desfavorável da diretoria da APSERJ. Apesar disto, pessoalmente sempre expressou votos que a entidade sindical obtivesse sucesso na sua história e colocava a APSERJ como parceira. A APSERJ tem grande parte de sua história graças a sua luta constante.
Conheço o prof. Santo Conterato desde 1984, quando ingressei na UFF, e nunca ouvi comentários da parte dele desfavoráveis a qualquer pessoa e sempre foi procurado para equilibrar as relações quando se colocavam tensas e sob impasse, de forma discreta e sem presunção.
O prof. Santo Conterato na sua trajetória como professor, não faltava as suas aulas e sempre apoiou os estudantes. Os seus colegas, assim como seus ex-alunos, sentirão a sua falta, ele deixou uma marca na luta pela universidade e pela sociologia no ensino médio no estado do Rio de Janeiro que foi imprescindível.
Os nossos sentimentos aos amigos e parentes,
Nilton Soares de Souza Neto
Presidente do SINDSERJ

domingo, 16 de maio de 2010

SINDSERJ com nova sede

A nova sede do SINDSERJ fica na Av. Presidente Vargas, 502, 17.º andar, Centro, Rio de Janeiro. Pretendemos iniciar no mês de junho o atendimento neste novo endereço. Até lá, divulgaremos o horário de atendimento na nova sede. Agradecemos ao Sindicato dos Bancários/RJ a cessão das salas para o uso por parte do SINDSERJ.