A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16)
aprovou na noite desta quarta-feira (3), por 23 votos a 14, o relatório do
deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). A votação em Plenário vai exigir 308
votos e o governo terá dificuldades para conquistá-los.
A greve geral do dia 28 de abril, diante das ameaças de
retrocesso, deve sinalizar para a convocação de uma nova GREVE GERAL, dessa vez
por mais dias.
Contudo a proposta do OCUPE BRASÍLIA deve ser o passo
importante a partir do dia 08 de maio. A ideia é que possamos iniciar o
acampamento em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, com a realização de uma
vigília permanente no Congresso. A luta deve ser intensificada e devemos
pressionar ainda mais os deputados da base do governo.
O substitutivo do deputado Arthur Maia (PPS/BA) traz poucas
mudanças em relação ao relatório apresentado anteriormente, no entanto, o tempo
de contribuição de 25 anos permanece.
O governo embora tenha feito concessões com vistas a
proposta inicial, a idade mínima na regra geral se mantém em 65 anos para
homens e fica em 62 para as mulheres. Em síntese a proposta segue indigesta.
Em essência, as mudanças mantiveram os 25 anos de contribuição,
o que prejudicará a maioria dos brasileiros. Um absurdo!
Fica evidente a disposição do governo de levar a cabo a sua
agenda ultraliberal. As consequências nefastas das reformas, seu modelo
excludente, recairão sobre os ombros da classe trabalhadora e dos que mais
necessitam, os pobres.
Está em curso a privatização do maior programa de
distribuição de renda e inclusão social do país.
O caminho, resistir a todo custo.
Adilson Araújo
Presidente da CTB