O sociólogo francês Pierre Bourdieu (1 de agosto de 1930 - 23 de janeiro de 2002) detectou mecanismos de conservação e reprodução em todas as áreas da atividade humana, entre elas, o sistema educacional. No seu livro “A reprodução” (“La reproduction”), escrito em conjunto com Jean-Claude Passeron, publicado em 1970, os autores consideram que a escola é reprodutora das desigualdades sociais e apresentam os elementos que demonstram esse fato.
Em o “Ofício de Sociólogo”, publicado no Brasil, em 2004, após a sua morte, pela Editora Vozes, escrito em conjunto com Jean-Claude Chamboredon e Jean-Claude Passeron, afirma que: “O sociólogo nunca conseguirá acabar com a sociologia espontânea e deve se impor uma polêmica incessante contra as evidências ofuscantes que proporcionam, sem grandes esforços, a ilusão do saber imediato e de sua riqueza insuperável” (Bourdieu, Chamboredon e Passeron, página 23, Ed. Vozes, 2007).
Além de “A reprodução” e “Ofício de Sociólogo”, Bourdieu possui inúmeras obras traduzidas para o português, dentre outras:
• A Dominação Masculina, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1999.
• Sobre a Televisão, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
• Questões de Sociologia, Lisboa: Fim de Século, 2003
• A Economia das Trocas Simbólicas, São Paulo, Editora Perspectiva S.A., 2003
• O Poder Simbólico, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1992.
• As Regras da Arte: génese e estrutura do campo literário, Lisboa: Presença, 1996
• Razões Práticas: Sobre a teoria da ação, Campinas, Papirus Editora, 1996
• Contrafogos: táticas para resistir à invasão neoliberal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
• As Estruturas Sociais da Economia, Lisboa: Instituto Piaget, 2001
• A Miséria do Mundo. Petrópolis: Vozes, 2003.
• Para uma Sociologia da Ciência, Lisboa: Edições 70, 2004 (Trad. de: Science de la science et reflexivité)
• Os Usos Sociais da Ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.
• A Distinção: crítica social do julgamento, Porto Alegre, Editora Zouk, 2007.
Pierre Félix Bourdieu continua inspirando as novas gerações de sociólogos e sociólogas.
Bourdieu, presente!