Nota das Centrais
Sindicais
O espetáculo patético e
perigoso patrocinado por Jair Bolsonaro, ao reunir embaixadores estrangeiros no
Palácio da Alvorada para atacar, com mentiras e fantasias, o Supremo Tribunal
Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, as urnas eletrônicas e todo o sistema
eleitoral e a democracia brasileira, angariou amplo repúdio de vastos setores
do povo, das mais Importantes organizações da sociedade civil do país e até da
comunidade internacional.
Frente à crescente rejeição
ao seu governo, que se notabilizou pela disseminação da fome, da carestia, do
desemprego elevado, pela volta da inflação e dos juros elevados, pela corrupção
e pelo descalabro administrativo, a possibilidade de reeleição de Bolsonaro
parece cada vez mais longe.
Assim como o Ovo da Serpente
é metáfora da ascensão do nazismo, a reação de Bolsonaro, neste contexto,
confirma seu perfil autoritário, violento e inconsequente. Agora ele investe em
tumultuar o processo eleitoral espelhando-se em seu ídolo, Donald Trump, que
patrocinou a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021,
por não aceitar a derrota nas eleições de 2020.
Os trabalhadores e
trabalhadoras, representados pelas centrais sindicais que assinam a presente
nota, compartilham a indignação e o repúdio às atitudes desmedidas,
provocativas, golpistas e antidemocráticas do presidente Bolsonaro.
Conclamamos a sociedade
civil organizada, os movimentos sociais, a juventude, o empresariado e todas as
forças políticas a cerrar fileira numa ampla campanha em defesa da democracia
que garanta a realização de eleições livres e em clima de tranquilidade nos
dias 2 e 30 de outubro próximo.
São Paulo, 20 de julho de
2022
Sergio Nobre, Presidente da
CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da
Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da
UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente
da CTB (Central dos Trabalhadores e
Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros,
Presidente da NCST (Nova Central
Sindical de Trabalhadores)
Alvaro Egea, Secretário
Geral da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
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