“Estamos convocando todos os movimentos envolvidos com a defesa da educação pública para a realização de protestos em todo o país, com mais e mais ocupações de escolas para barrarmos os projetos que liquidam com os nossos sonhos”, diz Camila Lanes, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), que convoca o ato juntamente com a União Nacional dos Estudantes (UNE).
A líder estudantil se refere à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241-16, que congela por 20 anos os investimentos em educação, saúde e serviço social. Ou seja, acaba com todos os projetos sociais no país e ainda congela os salários dos servidores públicos municipais, estaduais e federais por duas décadas.
Lanes critica também a medida provisória 746, que reforma o ensino médio. “Todos esses projetos golpistas são para acabar com as conquistas do povo. Estão entregando o nosso petróleo para petrolíferas estrangeiras, estão acabando com as nossas escolas e com a saúde pública”.
Ela lembra também da Lei da Mordaça, ou Escola Sem Partido, que visa a “robotização da juventude, retirando do currículo matérias essenciais para o desenvolvimento do pensamento como Filosofia, Sociologia e Artes e ainda Educação Física”.
Por isso, justifica a presidenta da Ubes, os estudantes estão “ocupando as escolas como forma de resistência à destruição dos nossos direitos”. Em vários estados, os estudantes ocupam escolas e nesta quinta-feira (20), jovens ocuparam a Câmara de Vereadores de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Inclusive a Ubes dá cinco dicas para a ocupação de escolas (saiba como aqui). Veja também a página do Facebook do Dia Nacional de Luta do Movimento Educacional aqui. “Estudantes e educadores juntos para defender uma educação pública que respeite os cidadãos e as cidadãs”, diz Lanes.
Além de tudo isso, afirma, "os projetos desse governo golpista enterram de vez o Plano Nacional de Educação construído a duras penas".
Ocupa Paraná (aqui)
Além de mais de 800 escolas ocupadas desde o dia 3 de outubro contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio, os trabalhadores e as trabalhadoras em educação estão em greve desde a segunda-feira (17) no Paraná.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy
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