terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A FNS-B – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS SOCIÓLOGOS –BBRASIL REPUDIA VEEMENTEMENTE OS ATOS CRIMINOSOS CONTRA AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

 


A FNS-B – FEDERAÇÃO NACIONAL DOS SOCIÓLOGOS –BBRASIL E OS SINDICATOS DE SOCIÓLOGOS DE TODO O BRASIL REPUDIAM VEEMENTEMENTE OS ATOS CRIMINOSOS CONTRA AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

 

A FNS-B, Federação Nacional dos Sociólogos Brasil e seus sindicatos integrantes, em nome de todos e todas sociólogos e sociólogas do Brasil, repudia veementemente todo e qualquer movimento de vandalismo, de terrorismo e de golpismo contra às Instituições Democráticas do Páis  e  qualquer forma de contestação ilegal do resultado de eleições livres, limpas e consagradoras como as que tivemos em outubro de 2022.

 

Os arruaceiros de hoje, que depredaram e vandalizaram os prédios dos três poderes em Brasília, são contra o Brasil e o Estado Democrático de Direito.

Os criminosos arruaceiros e aqueles que os financiam devem ser imediatamente identificados e punidos!

Todo apoio ao Governo Lula, eleito democraticamente pelo povo brasileiro e defesa irrestrita das Instituições da República!

 

 

Brasília, 8 de janeiro de 2023.

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Valor do salário mínimo previsto na Constituição seria de R$ 6.306,97 em setembro, 5,20 vezes o mínimo atual

 Um dos temas centrais da campanha em curso para a Presidência é o salário mínimo. O atual governante corre deste debate como o diabo da cruz, pois foi e é um algoz da classe trabalhadora. Ele não só acabou com a política de valorização do salário mínimo como reduziu o valor real do piso nacional, instituindo reajustes abaixo da inflação, razão pela qual o mínimo está hoje tão baixo.

Percebe-se isto quando se leva em conta o valor que seria necessário para garantir à família do assalariado uma vida modestamente decente, definido na Constituição Brasileira. Conforme cálculos do Dieese em setembro este valor, que o órgão caracteriza de salário mínimo necessário, ficou em R$ 6.306,97, ou 5,20 vezes o mínimo de R$ 1.212,00.

Arrochado, o piso atual não cobre sequer as necessidades elementares do trabalhador e sua família, pois adquire não muito mais que uma cesta básica. Em setembro de 2022, o preço da cesta básica na cidade de São Paulo, hoje a mais cara do país, subiu a R$ 750,74, conforme o Dieese. Na comparação com setembro de 2021, aumentou 11,48%.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador que ganha o piso precisou comprometer, em setembro, 66,96% da remuneração para adquirir a cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Já em agosto, o percentual comprometido foi de 66,88% e, em setembro de 2021, ficou em 66,19%.

Além da alimentação, as famílias assalariadas têm de cobrir despesas com aluguel, transporte, vestuário, saúde e educação, entre outras coisas básicas. A sobrevivência torna-se uma arte complexa e dolorosa para a classe trabalhadora situada nesta faixa de renda.

A política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo Lula promoveu um aumento real do piso (além da inflação) superior a 70%. O efeito cascata sobre as demais faixas salariais foram fortes, os salários subiram e o conjunto da classe trabalhadora foi beneficiada pela política do ex-presidente, que deixou de ser aplicada pelo governo Temer e acabou sob Bolsonaro.

Não só os trabalhadores, mas o conjunto da sociedade brasileira lucrou com a valorização dos salários e do trabalho. O consumo do povo trabalhador aumentou sensivelmente, fortalecendo o mercado interno e estimulando o crescimento da economia e o desenvolvimento nacional.

Lula prometeu reestabelecer a política de valorização do salário mínimo, além de revisar a reforma trabalhista que subtraiu direitos e aprofundou a precarização das relações de produção. Essas são razões fortes para receber o voto da classe trabalhadora em 30 de outubro.

Portal da CTB

Link: https://ctb.org.br/economia-3/valor-do-salario-minimo-previsto-na-constituicao-seria-de-r-6-30697-em-setembro-520-vezes-o-minimo-atual/

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Ricardo Antunes: se não lutarmos, todos nós seremos uberizados

 

Sociólogo afirma que operariado migrou para o setor de serviços e que trabalhador precarizado precisa reinventar socialismo; veja vídeo na íntegra

O sociólogo e professor Ricardo Antunes localizou a expansão do proletariado atual no setor dos serviços, sobretudo no sul do mundo. A argumentação foi em entrevista ao jornalista Breno Altman, no 20 MINUTOS desta segunda-feira (15/08), 

"Dizer que o proletariado acabou é uma tese eurocêntrica”, afirmou o autor do livro recém-lançado Capitalismo Pandêmico (Editora Boitempo), que define o estágio presente do capitalismo brasileiro em função da pandemia do coronavírus, do “pandemônio" bolsonarista e da pandemia da uberização disseminada na sociedade.

Antunes descreve a transformação maiúscula operada no mundo do trabalho, no qual a precarização afeta todos os segmentos, seja o industrial, o agrícola ou o de serviços: “a grande fábrica, como era a de Charlie Chaplin em Tempos Modernos, acabou. A Ford do Brasil tinha 7 mil operários só em São Bernardo e foi embora do Brasil. O complexo da Volkswagen chegou a ter mais de 40 mil operários e hoje tem muito menos que um terço disso. E produz mais, porque é mais robotizada e automatizada.”

Mesmo assim, na avaliação do professor, o conceito de sociedade pós-industrial é equivocado, já que a evolução tecnológica é acompanhada por novos modos de industrialização. Sob esse pano de fundo, o capitalismo financeiro opera a privatização e a transformação dos serviços: 

O professor cita exemplos: "quando quero comprar qualquer porcaria, entro na Amazon e vem um trabalhador entregar aqui. Quem empacota e entrega o que comprei? Google, Facebook, Airbnb e Rappi geram mais-valia”. Ele adverte que a reinvenção do socialismo deverá acontecer a partir das lutas desse proletariado de serviços, o que mais cresce planetariamente. 

Reprodução
No 20 Minutos, Antunes descreveu a transformação "operada no mundo do trabalho"

"Se não lutarmos, todos nós seremos uberizados: médicos, médicas, enfermeiros, enfermeiras, professores, professoras, jornalistas, advogados, advogadas, trabalhadores domésticos, trabalhadoras domésticas, eletricistas, todos”, afirma, acrescentando que qualquer tipo de trabalho sem direitos significa uma regressão brutal da humanidade. 

Antunes reconhece o momento histórico particularmente adverso, em termos globais. O estágio atual, segundo ele, é de contrarrevolução preventiva do capitalismo, operada por líderes de feições neofascistas como Donald Trump, Jair Bolsonaro e Viktor Orbán.

Para ele, a pandemia da covid-19 amplificou uma crise que já era sistêmica: “de 1973 para cá, o capitalismo entrou na era da destruição. Ele só pode se reproduzir, valorizar e acumular destruindo. É devastação da natureza, do trabalho e do gênero humano, com racismo, feminicídio, xenofobia. Nada disso foi causado pela pandemia, ela desnudou e exasperou essa tragédia. Além de ser expansionista, incontrolável e destrutivo, o capitalismo atual é belicista." O sociólogo coloca os Estados Unidos na vanguarda do processo.

A era tecnológica se desenvolve à base da chamada uberização, que soma superexploração do trabalho e espoliação capitalista. Antunes comenta o fato de que a revolução tecnológica não significa avanço para a maioria esmagadora dos trabalhadores: "ela é controlada pelas grandes corporações globais para dar mais lucro, é tecnologia para enriquecimento. O mundo está caindo pelas tabelas e delinquentes mundiais como Elon Musk e Jeff Bezos estão programando a especulação, a exploração e a privatização do espaço."

Antunes modifica a formulação “socialismo ou barbárie” de Rosa Luxemburgo para chegar à conclusão de sua argumentação: “na barbárie já estamos, agora só temos uma alternativa. Ou é o socialismo, ou é o fim da humanidade."

FONTE: OPERA MUNDI

LINK: https://operamundi.uol.com.br/20-minutos/76151/ricardo-antunes-se-nao-lutarmos-todos-nos-seremos-uberizados

sexta-feira, 22 de julho de 2022

102 anos de Nascimento de Florestan Fernandes




 

Nota das Centrais Sindicais contra os ataques à Democracia

 

Nota das Centrais Sindicais

 

O espetáculo patético e perigoso patrocinado por Jair Bolsonaro, ao reunir embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada para atacar, com mentiras e fantasias, o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral, as urnas eletrônicas e todo o sistema eleitoral e a democracia brasileira, angariou amplo repúdio de vastos setores do povo, das mais Importantes organizações da sociedade civil do país e até da comunidade internacional.

Frente à crescente rejeição ao seu governo, que se notabilizou pela disseminação da fome, da carestia, do desemprego elevado, pela volta da inflação e dos juros elevados, pela corrupção e pelo descalabro administrativo, a possibilidade de reeleição de Bolsonaro parece cada vez mais longe.

Assim como o Ovo da Serpente é metáfora da ascensão do nazismo, a reação de Bolsonaro, neste contexto, confirma seu perfil autoritário, violento e inconsequente. Agora ele investe em tumultuar o processo eleitoral espelhando-se em seu ídolo, Donald Trump, que patrocinou a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, por não aceitar a derrota nas eleições de 2020.

Os trabalhadores e trabalhadoras, representados pelas centrais sindicais que assinam a presente nota, compartilham a indignação e o repúdio às atitudes desmedidas, provocativas, golpistas e antidemocráticas do presidente Bolsonaro.

Conclamamos a sociedade civil organizada, os movimentos sociais, a juventude, o empresariado e todas as forças políticas a cerrar fileira numa ampla campanha em defesa da democracia que garanta a realização de eleições livres e em clima de tranquilidade nos dias 2 e 30 de outubro próximo.

São Paulo, 20 de julho de 2022

Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e

Trabalhadoras do Brasil)

Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da NCST (Nova Central

Sindical de Trabalhadores)

Alvaro Egea, Secretário Geral da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)