domingo, 2 de fevereiro de 2025

CTB-RJ participa de Ato em Defesa da Democracia e Contra a Impunidade de Golpistas

No último sábado (11), a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras – Rio de Janeiro (CTB-RJ), a segunda maior central sindical do Brasil, mobilizou suas bases e participou do ato realizado em frente ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O evento clamou pelo tombamento do local pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para a instalação de um centro de memória e resistência contra os regimes de exceção.

O ato homenageou Rubens Paiva e outras 52 vítimas fatais ou desaparecidas sob a ação do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), que funcionou nesse quartel durante a ditadura militar. Organizações como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Grupo Tortura Nunca Mais RJ e a ONG Rio de Paz, com apoio da Justiça Global e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia Núcleo-RJ, também estiveram presentes.

Cadeia Para Todos os Golpistas: Um Clamor Inadiável

A CTB-RJ reforçou, com firmeza, a defesa inegociável da democracia e a necessidade urgente de punição exemplar para todos os envolvidos nos atentados golpistas contra o Estado Democrático de Direito. Empresários cúmplices, membros das Forças Armadas coniventes e líderes políticos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, não podem ser beneficiados por qualquer tipo de anistia. A democracia brasileira não sobreviverá a novos ciclos de impunidade.

“O tombamento do DOI-Codi é falar sobre direitos humanos e sobre o militarismo autoritário que ainda permeia o cotidiano brasileiro”, destacou Rafael Maul de Carvalho Costa, diretor do Grupo Tortura Nunca Mais RJ. “Fortalecer a memória é fortalecer a democracia sem compromissos com a violência de Estado.”

Democracia com Justiça e Memória

A história e o sofrimento dos sobreviventes do DOI-Codi foram resgatados em depoimentos poderosos. Álvaro Caldas, jornalista, professor e ex-preso político, compartilhou suas experiências: “Fui preso em fevereiro de 1970 e torturado por três meses neste local. Voltar aqui como membro da Comissão da Verdade foi revisitar um passado doloroso. Sou grato por ter sobrevivido.”

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, 53 presos políticos foram mortos no DOI-Codi do Rio, dos quais 33 continuam desaparecidos. Nacionalmente, 19 locais diferentes foram usados para repressão, tortura e assassinato. A CTB-RJ e outras entidades comprometidas com a justiça histórica exigem que todos os agentes da ditadura, assim como os atuais conspiradores golpistas, enfrentem as consequências legais de seus crimes.

Fonte: Portal CTB-RJ

www.ctbrj.org.br

domingo, 22 de dezembro de 2024

CTB-RJ ENCERRA O ANO COM CELEBRAÇÃO, HOMENAGENS, E CONVOCANDO SEU CONGRESSO ESTADUAL

A Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro (CTB-RJ) fechou 2024 em grande estilo! Na tarde da última quinta-feira (20), centenas de lideranças sindicais de todo o estado reuniram-se na sede do Sindsprev-RJ, entidade filiada, para celebrar um ano vitorioso, repleto de conquistas, e os 17 anos de lutas e conquistas da CTB.

A tarde dos cetebistas começou com o ato político que contou com a presença da deputada estadual Dani Balbi PCdoB-RJ), presidenta da Comissão de Trabalho, Seguridade Social e Legislação Social da Alerj que, entregou à CTB-RJ à CTB-RJ uma Moção de Aplauso pelos 17 anos de lutas da CTB-RJ. Um reconhecimento institucional da comissão aos relevantes serviços prestados na defesa da classe trabalhadora fluminense.

Além da CTB, a Comissão também homenageou diversos sindicatos,pelos serviços prestados nas lutas sindicais e populares, com uma Moção de Aplauso da Comissão de Trabalho da Alerj. Foram eles:

O Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro (SEC-RJ),

O Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento e Meio Ambiente (Sintsama-RJ)

A Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Rio de Janeiro (Fetagri)

O Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar),

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ),

O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense (SIndmetal-SF)

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect-RJ)

O Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio)

Entidades, em sua ampla maioria filiadas à CTB, referências nas suas categorias e nas lutas populares e progressistas, pois sempre estão presentes nas lutas em defesa do povo pobre e trabalhador por todo Rio de Janeiro, do emprego, da cidadania e da democracia. Somente o Sinpro-Rio, dentre os citados, não é filiado a CTB, mas a central participa de sua diretoria com um núcleo atuante e combativo de professores classistas.

Encerrando o ato político e as atividades oficiais da Central em 2024, o Presidente da CTB-RJ, em nome da diretoria da entidade, fez a convocação do Congresso Estadual da entidade, que ocorrerá em 2025.

O congresso é o fórum máximo de deliberação da entidade, reunindo representantes de todo o estado para definir as políticas, estratégias e diretrizes que guiarão os próximos quatro anos. O evento também marcará a renovação da diretoria e a atualização do programa e do estatuto da central.

Após o ato, iniciou-se a confraternização de final de ano: um momento de confraternização calorosa, celebrando uma militância aguerrida que não mediu esforços ao longo do ano e está preparada para os desafios que 2025 reserva.

A CTB-RJ, confirmou ao longo desses 17 anos, ser possível construir uma central plural e democrática, ser possível abolir o hegemonismo e conviver com as diferenças de forma democrática. Por isso, hoje é reconhecida como uma das maiores e mais influentes centrais do Brasil, ampliou sua presença em todas as regiões do estado e fortaleceu sua base de entidades filiadas. Os sindicatos dirigidos pela central destacaram-se como referências políticas e de organização, reafirmando o compromisso com as categorias que representam.

FONTE: PORTAL DA CTB-RJ

www.ctbrj.org.br

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

domingo, 27 de outubro de 2024

Nota de Repúdio à Fundação Getúlio Vargas (FGV)


A Comissão de Mulheres da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro (CTB-RJ) manifesta seu mais profundo repúdio às questões de teor machista que constaram na prova do concurso público da Prefeitura de Macaé (RJ), aplicada no último domingo (13), sob a responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É absolutamente inaceitável que, em pleno século XXI, questões ofensivas e que reproduzem estereótipos degradantes sobre as mulheres sejam incluídas em um exame público, ainda mais voltado para cargos de professor e professora, área fundamental para a formação de futuras gerações.

As questões em questão não apenas desrespeitam as mulheres, mas reforçam uma cultura machista que diariamente causa danos profundos à nossa sociedade. Uma das questões pedia aos candidatos que identificassem uma frase que “não contém uma crítica ao fato de a mulher falar demais”, entre as quais estavam afirmações grotescas e misóginas como: “A língua da mulher não cala nem depois de cortada” e “Há mil invenções para fazer as mulheres falarem, e nem uma só para as fazer calar”. A outra questão, de comparação, incluía sentenças absurdas como “A mulher é como um defeito de natureza” e “as mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula de menos e, no coração, uma célula a mais”.

Essas afirmações não são apenas desrespeitosas, são violentas. Elas perpetuam a desvalorização das mulheres e promovem uma visão arcaica que naturaliza a inferiorização feminina. O machismo, quando reproduzido em espaços de educação, como um concurso para o magistério, tem um impacto ainda mais devastador, pois contribui para a perpetuação desses preconceitos nas futuras gerações. É inadmissível que uma instituição de renome como a FGV permita que esse tipo de conteúdo seja veiculado em um processo seletivo, especialmente para futuros educadores.

A CTB-RJ, por meio de sua Comissão de Mulheres, exige uma resposta imediata e contundente da FGV, que deve não só se retratar publicamente, mas também rever urgentemente seus processos de elaboração de questões e avaliação. É inaceitável que uma instituição que deveria prezar pela qualidade e pela equidade no ensino propague estereótipos que ferem diretamente a dignidade das mulheres.

Reafirmamos o compromisso da CTB-RJ com a luta pela emancipação, pela igualdade de direitos e pela defesa das mulheres em todos os espaços sociais. Não toleraremos retrocessos ou ataques aos avanços conquistados com tanto esforço pelas mulheres trabalhadoras deste país. Nossa luta é diária, e não permitiremos que o machismo, em qualquer forma ou grau, seja normalizado ou legitimado.

Rio de Janeiro, 16 de Outubro de 2024

Comissão de Mulheres da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – Rio de Janeiro (CTB-RJ)

Katia Branco
Vice-Presidenta da CTB-RJ

Débora Henrique
Secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ

Raimunda Leone

Secretária Geral da CTB-RJ

Ana Paula Brito
Secretária de Comunicação da CTB-RJ

FONTE: PORTAL CTB-RJ


segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Outubro Rosa: A Importância dos Sindicatos na Defesa da Saúde das Mulheres

 

Outubro Rosa: A Importância dos Sindicatos na Defesa da Saúde das Mulheres

O Outubro Rosa é uma campanha fundamental para conscientizar a sociedade sobre a prevenção e o combate ao câncer de mama. No entanto, é essencial reconhecer que essa luta vai além da saúde individual. Envolve também uma responsabilidade coletiva, e os sindicatos têm um papel crucial nesse processo.

Os sindicatos são organizações que defendem os direitos dos trabalhadores, e a saúde é um desses direitos. A participação ativa nas campanhas do Outubro Rosa significa garantir que as trabalhadoras tenham acesso à informação, prevenção e tratamento adequado. As mulheres ainda enfrentam diversas barreiras, como o medo do diagnóstico, a dificuldade de acesso a exames e a sobrecarga de responsabilidades familiares e profissionais que muitas vezes as afastam do cuidado com a própria saúde.

Ao promover campanhas de conscientização, organizar eventos educativos e garantir que as empresas respeitem as políticas de saúde no ambiente de trabalho, os sindicatos contribuem para a construção de uma cultura de cuidado e proteção à saúde das mulheres. Além disso, é importante lutar pela implementação de políticas públicas que garantam exames periódicos, como a mamografia, e o acesso rápido e digno ao tratamento.

O papel dos sindicatos é também de exigir que o câncer de mama seja tratado como uma questão de saúde laboral, garantindo que as mulheres em tratamento recebam o suporte necessário, desde o afastamento do trabalho sem prejuízo de seus direitos, até condições adequadas para o retorno ao ambiente laboral. Assim, a presença dos sindicatos no Outubro Rosa fortalece o movimento, assegurando que a defesa da saúde da mulher não seja apenas um tema de conscientização, mas uma bandeira de luta concreta pela vida, pelos direitos e pela dignidade de todas.

Neste Outubro Rosa, é hora de unir forças e reafirmar que a saúde das mulheres é uma causa de todos e todas. Os sindicatos, como agentes de transformação social, têm a responsabilidade de estar na linha de frente dessa luta.