No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, não há absolutamente nada a ser comemorado no Rio de Janeiro sob a gestão de Claudio Castro. Seu governo é um verdadeiro desastre para as mulheres fluminenses, que acumulam perdas, violências e retrocessos em todas as áreas: trabalho, educação, saúde e segurança.
A gestão estadual não só ignora
as demandas das mulheres, como contribui ativamente para o aprofundamento das
desigualdades. Em um estado onde a crise econômica e social já é grave, Castro
se esforça para torná-la ainda pior, congelando o piso regional e sabotando
qualquer possibilidade de valorização do trabalho feminino.
Mulheres são as mais afetadas
pela política econômica cruel de Claudio Castro
O piso regional do Rio de Janeiro
está inexplicavelmente congelado desde 2019. Isso significa que milhares de
trabalhadoras, especialmente as mais pobres, enfrentam salários cada vez mais
defasados, enquanto o custo de vida sobe vertiginosamente. Quem sente na pele
esse ataque são, sobretudo, as trabalhadoras domésticas, comerciárias e da área
de serviços, setores majoritariamente femininos e precarizados.
O que o governador faz diante
disso? Absolutamente nada. Nenhuma medida concreta foi apresentada para
corrigir essa distorção absurda. Enquanto isso, as mulheres seguem recebendo
salários miseráveis, enfrentando jornadas exaustivas e vendo seus direitos
serem tratados com total descaso.
Educação sucateada e falta de
perspectiva para as mulheres
Na educação, a realidade não é
diferente. O governo estadual trata a rede pública com negligência e falta de
investimento, impactando diretamente as alunas e professoras. Sem valorização
salarial, muitas educadoras enfrentam condições de trabalho degradantes, e as
estudantes, principalmente as de baixa renda, convivem com escolas sem
estrutura, sem merenda de qualidade e sem acesso a materiais básicos.
Isso compromete o futuro de
milhares de meninas e mulheres jovens, que veem suas chances de qualificação
profissional reduzidas. Sem acesso à educação de qualidade, muitas acabam
presas em ciclos de pobreza e violência, um cenário que só se agrava com a
inércia criminosa do governo estadual.
O colapso da saúde e o impacto na
vida das mulheres
Se depender de Claudio Castro, a
saúde das mulheres fluminenses continuará em risco. Os serviços públicos seguem
sucateados, com falta de atendimento especializado e estruturas hospitalares
degradadas.
A negligência do governo estadual
afeta diretamente as gestantes, que enfrentam dificuldades no pré-natal, e as
mulheres que necessitam de atendimento ginecológico e obstétrico de qualidade.
Além disso, políticas voltadas à saúde mental feminina são praticamente inexistentes,
ignorando o impacto da sobrecarga, do desemprego e da violência na vida das
mulheres.
E o que dizer da saúde das
mulheres LGBTQIAPN+? Com um governo que faz vista grossa para as demandas da
comunidade, o acesso a hormonioterapia, atendimentos específicos e campanhas de
prevenção é quase nulo. A população trans e lésbica é sistematicamente excluída
das políticas públicas e condenada a enfrentar uma realidade de abandono e
preconceito institucionalizado.
A violência policial que mata
filhos e destrói mães
A cada operação policial no Rio
de Janeiro, uma mãe enterra um filho. A política de segurança do estado,
violenta e descontrolada, transforma favelas e periferias em zonas de guerra,
onde mulheres negras são as maiores vítimas do luto e do terror.
Os dados são inquestionáveis: o
Rio de Janeiro segue como um dos estados onde a polícia mais mata, e a grande
maioria das vítimas são jovens negros. Para as mães dessas vítimas, resta o
desespero e a ausência de qualquer suporte psicológico ou social. O governo
estadual, em vez de oferecer políticas de acolhimento e assistência, finge que
essas mulheres não existem.
Enquanto a violência do Estado
arranca seus filhos de seus braços, as mães das favelas são condenadas a viver
na miséria e no medo. Esse é o legado de Claudio Castro.
Mulheres negras e LGBTQIAPN+: as
maiores vítimas do abandono estadual
Se para as mulheres em geral a
situação já é desastrosa, para as mulheres negras e LGBTQIAPN+ é ainda pior.
São elas que estão nos piores empregos, nas piores condições de moradia e nos
piores índices de violência. O racismo institucional e a LGBTQIAPN+fobia do
governo se refletem na ausência de qualquer política pública voltada para essas
populações.
Enquanto governos progressistas
ao redor do mundo implementam medidas concretas para reduzir desigualdades de
gênero e raça, no Rio de Janeiro temos um governador que sequer reconhece essas
desigualdades como um problema. Pelo contrário: sua omissão alimenta o ciclo de
exclusão e violência.
Racismo ambiental e a tragédia
das enchentes
E como se não bastasse, as
mulheres foram as mais afetadas pelas enchentes que devastaram o estado nos
últimos anos. Quem perdeu tudo nas periferias, viu suas casas destruídas e
ficou sem assistência? Foram as mulheres negras e pobres, vítimas de um racismo
ambiental que ignora a existência das comunidades mais vulneráveis.
O governo Claudio Castro,
cúmplice dessa tragédia, não moveu um dedo para evitar que essas catástrofes se
repetissem. Não há investimento em infraestrutura, não há prevenção, não há
acolhimento. Apenas descaso e abandono.
Chega de omissão: é hora de lutar
Diante desse cenário de
destruição e abandono, não há mais espaço para discursos vazios e promessas
falsas. O Rio de Janeiro precisa de um governo que respeite e proteja suas
mulheres, que valorize o trabalho feminino, que combata a violência de gênero e
que construa políticas públicas voltadas para a igualdade.
No dia 8 de março, a data deve
ser um chamado para que todas as mulheres se organizem e denunciem essa
política criminosa que afeta suas vidas. O governo Claudio Castro precisa ser
responsabilizado por sua omissão e sua conivência com a desigualdade e a
violência.
Basta de um estado que condena
mulheres à miséria e ao luto. É hora de resistência, é hora de luta.
Fonte: Portal da CTB-RJ
Link: https://ctbrj.org.br/o-rio-de-janeiro-de-claudio-castro-um-governo-que-abandona-as-mulheres/
Publicado por: José MedeirosCategorias:
Notícias CTB-RJ
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